Foram dois anos de espera. Mas a série que mexeu com todo mundo em 2023 voltou — e voltou do jeito que a gente temia (ou sabia): pra fazer doer de novo.
A nova temporada de The Last of Us, da HBO, não é sobre zumbis. Nunca foi. Os infectados estão lá, claro, mas só como pano de fundo. O que realmente importa são as pessoas, os laços que se formam — e se rompem. É sobre amor, perda e as decisões que marcam pra sempre.
Quando a gente conheceu o Joel e a Ellie, já dava pra sentir que aquele laço não ia terminar bem. Em poucos episódios, a HBO conseguiu transformar a jornada dos dois numa história poderosa. Joel, fechado, machucado. Ellie, teimosa e corajosa. O final da primeira temporada foi um soco no estômago: Joel mata quem for preciso pra salvar Ellie — mesmo que isso custe a chance de salvar o mundo.
Não foi heroísmo. Foi amor. Egoísmo. Foi desespero. E foi o começo de tudo que viria depois.
Se você quiser acompanhar a nova temporada no seu ritmo, os episódios também estão disponíveis no YouCine logo após a estreia oficial.
A segunda temporada chega com menos episódios, mas mais intensidade
Dessa vez são só 7 episódios. E bastou o segundo pra gente entender o tom da temporada. Cinco anos se passaram. Ellie tenta viver em paz em Jackson, com Dina e os amigos. Joel tá mais velho, mais calado. Mas o mundo continua brutal.
E aí aparece Abby. Uma personagem nova, que chega cheia de dor e raiva. E sim — é com ela que o taco de golfe entra em cena. A gente sabia o que ia acontecer. Mesmo assim, dói assistir. Porque a gente torce. A gente esperava que mudassem isso. Mas não mudaram. E talvez seja melhor assim.
Ellie amadurece na dor – e Bella Ramsey mostra que mereceu o papel
Desde o começo, teve gente reclamando da escolha da atriz. Que ela não parecia a Ellie do jogo, que não tinha o carisma. Mas bastou uma cena — a cena — pra provar o contrário. Ver a Ellie implodindo de dor ao presenciar o que acontece com Joel é um daqueles momentos que travam a garganta. Não é questão de parecer, é de sentir. E Bella entrega tudo.
No episódio três, ela quase não fala. Não precisa. Cada olhar, cada silêncio, carrega um peso imenso. Não tem zumbi, não tem ação. Só luto. Só reconstrução. E foi aí que The Last of Us brilhou mais uma vez: mostrando que a verdadeira luta é interna.
A beleza que existe na tragédia
Quem jogou o segundo game sabe o que tá por vir. Seattle. Conflitos. Decisões pesadas. E o mais difícil: entender quem tá certo.
Mas ver isso na tela é outra coisa. Com rosto, com voz, com lágrimas. Fica mais real. Fica mais cruel. E a série não quer agradar. Ela quer fazer a gente sentir. E pensar: até onde você iria pra fazer justiça? E o que isso te custaria?
A verdade é que a gente já sabe o fim. Já sabe que a Ellie vai errar. Que vai perder. Que vai quebrar. Mas a gente assiste mesmo assim. Porque a beleza dessa história não tá no final. Tá no caminho. Tá no porquê de cada escolha. Tá no que a gente faria no lugar deles.
E é por isso que The Last of Us continua sendo uma das séries mais poderosas dos últimos anos. Porque mesmo num mundo destruído, com monstros e perdas por todos os lados, o que realmente move tudo — e todo mundo — ainda é o amor.
Mesmo que ele machuque.