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A temporada de blockbusters nos Estados Unidos começou com tudo, e quem diria que seria um alien azul e fofo que tomaria a dianteira? A nova versão live-action de Lilo e Stitch surpreendeu geral, arrecadando impressionantes US$ 340 milhões no primeiro fim de semana mundial, ultrapassando até Missão: Impossível – O Acerto Final, estrelado por Tom Cruise.
O lançamento coincidiu com o feriado de Memorial Day nos EUA, e os números foram históricos: só na América do Norte, foram US$ 183 milhões, superando os recordes anteriores da data. Mesmo com Tom Cruise na disputa, “Missão: Impossível 8” ficou em segundo lugar, com US$ 77 milhões nos EUA e US$ 190 milhões no total global.
Curiosamente, o cenário atual lembra muito o de 2002, quando o primeiro “Lilo e Stitch” (versão animada) estreou na mesma época de “Missão: Impossível 2” – e perdeu por pouco. Agora, mais de 20 anos depois, a história se inverteu.
Por que o filme fez tanto sucesso?
Segundo especialistas de Hollywood, a chave do sucesso está no público: o filme atraiu famílias inteiras, mas principalmente mulheres jovens e adolescentes, que cresceram com o Stitch nas telinhas. Cerca de 60% dos ingressos foram comprados por mulheres, um número bem acima da média.
É o efeito nostalgia em ação – parecido com o que vimos em 2019 com o live-action de “Aladdin”.
Disney acerta o tom após tropeço com Branca de Neve
Depois do fracasso da nova “Branca de Neve” (lançada no começo do ano e que mal chegou a US$ 204 milhões no mundo todo), a Disney finalmente encontrou o caminho certo. “Lilo e Stitch” teve um orçamento mais modesto (cerca de US$ 100 milhões), mas contou com ingredientes certeiros: elenco carismático, visual caprichado e, claro, a volta do dublador original do Stitch, Chris Sanders.
O resultado? Em apenas um fim de semana, a versão live-action já superou a bilheteria total da animação original, que era de US$ 273 milhões.
Público adorou. Críticos… nem tanto
Os espectadores deram nota A no CinemaScore e 94% de aprovação no Rotten Tomatoes (público). Já a crítica ficou dividida: 69% de aprovação dos críticos no Rotten e média de 53 no Metacritic. Algumas avaliações elogiaram a vibe leve, outras criticaram a falta de originalidade.
Mas no fim das contas, a Disney entregou exatamente o que o público queria: uma história que emociona e diverte, sem complicar.
Uma das maiores críticas aos últimos live-actions da Disney é a tal “reinvenção forçada” – como foi o caso da nova Ariel e da Branca de Neve, que mudaram radicalmente os personagens originais. Em “Lilo e Stitch”, a fórmula foi outra: respeitar o material original, sem tentar reinventar demais.
Como a história se passa no Havaí e tem um tom leve e inclusivo desde a animação, não foi preciso forçar mudanças para agradar. Resultado: um filme acessível, divertido e com uma boa dose de nostalgia – ou seja, tudo o que o público esperava.
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